sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sobre nostalgia e o falso eterno.


* Ajo como se estivesse aqui. Comigo. Falo em alto e bom tom na ilusão que me escute ou se importe com o fato de eu não estar bem.


Esquecer é bem mais difícil do que se imagina. Quanto mais se luta, mais ele se torna presente em você.
Ignorar o que o coração te diz é a pior batalha já enfrentada na história. Razão versus Coração... Estarão sempre lá, discordando um do outro.
Seguir em frente depois do que ele te fez é se encontrar com o "nada é pra sempre". Já haviam te avisado, mas os contos de fada te fizeram voar. Voar mais que o necessário para se sonhar.
Imaginar toda a vida o momento em que o amor resolver bater à sua porta para fazer uma visita não funciona. Ele simplesmente vem quando se menos planeja. Não é preciso marcar um dia para recebê-lo... Ele sempre irá pegá-la de surpresa.
Esperar por uma explicação plausível sobre o que aconteceu é uma atitude em vão. Nunca ninguém conseguirá entender o que se passa para algo tão bom acabar... Um dia o amor irá se cansar da sua conversa e partirá para uma outra casa.

A: Como chegamos a esse ponto? O que aconteceu?

B: Não sei... Talvez a culpa seja sua.

A: Ou sua.

Silêncio.

B: Por que não engolimos esse orgulho de uma vez e assumimos que a culpa é de nós dois?

A: Não sei. Não consigo seguir em frente depois do que você fez.

B: Muito menos eu. Ainda amo você.

A: Eu também.

Indivíduo A deixara indivíduo B ali, sozinho... Ele lembrava disso dez anos depois.
Mais um inverno acompanhado por sua eterna nostalgia.

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