quinta-feira, 8 de abril de 2010

O repouso eterno de mais um coração.


Esse monstro vulgo amor é complicado de se lidar.
Um dia a gente decide esquecer, no outro já estamos suspirando novamente... Enganamos a nós mesmos e permanecemos insatisfeitos naquele jogo de olhares. Naquele silêncio intimidador. Pior ainda é quando nos moldamos ao gosto de nossos amores e acabamos deixando de lado certas coisas, simples, mas que costumávamos gostar, só para agradá-los. Acho que, mais do que complicado, o amor é complexo. Quando se trata da vida alheia, qualquer ato amoroso fora do normal é condenado. Na verdade, invejado... Dariam tudo por um amor de verão como aquele.
A: Eu vou com você.

B: Seria egoísmo de minha parte pedi-la para abdicar de todos os seus amigos e familiares para partir com um sujeito que não tem nem onde cair morto.

A: Não me importa... De que adianta termos tudo se o que mais nos completa, o que nos faz viver, não está do nosso lado?

B: Não quero. Não quero vê-la sofrer encarando a realidade. É dura de mais... Teu pai te criou dentro de uma esfera onde tudo parece ser esplendoroso. A verdade é que nada, nada do que viu até agora, se iguala ao que acontece lá fora.

A: Não me deixe. Suplico-te.

B: Tarde de mais. Adeus.

A: Não!

B: Ao dormir, deite-se de lado... Minha alma decidiu ficar e precisa de um lugar para repousar. Com você. Para sempre.

CLÉC. Mais um coração partiu-se.

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