sexta-feira, 30 de abril de 2010

Sobre nostalgia e o falso eterno.


* Ajo como se estivesse aqui. Comigo. Falo em alto e bom tom na ilusão que me escute ou se importe com o fato de eu não estar bem.


Esquecer é bem mais difícil do que se imagina. Quanto mais se luta, mais ele se torna presente em você.
Ignorar o que o coração te diz é a pior batalha já enfrentada na história. Razão versus Coração... Estarão sempre lá, discordando um do outro.
Seguir em frente depois do que ele te fez é se encontrar com o "nada é pra sempre". Já haviam te avisado, mas os contos de fada te fizeram voar. Voar mais que o necessário para se sonhar.
Imaginar toda a vida o momento em que o amor resolver bater à sua porta para fazer uma visita não funciona. Ele simplesmente vem quando se menos planeja. Não é preciso marcar um dia para recebê-lo... Ele sempre irá pegá-la de surpresa.
Esperar por uma explicação plausível sobre o que aconteceu é uma atitude em vão. Nunca ninguém conseguirá entender o que se passa para algo tão bom acabar... Um dia o amor irá se cansar da sua conversa e partirá para uma outra casa.

A: Como chegamos a esse ponto? O que aconteceu?

B: Não sei... Talvez a culpa seja sua.

A: Ou sua.

Silêncio.

B: Por que não engolimos esse orgulho de uma vez e assumimos que a culpa é de nós dois?

A: Não sei. Não consigo seguir em frente depois do que você fez.

B: Muito menos eu. Ainda amo você.

A: Eu também.

Indivíduo A deixara indivíduo B ali, sozinho... Ele lembrava disso dez anos depois.
Mais um inverno acompanhado por sua eterna nostalgia.

sábado, 17 de abril de 2010

Paz e justiça... Aonde?


Nos dias de hoje, a injustiça não está só presente na mão de bandidos. Presencia-se ela em tudo. Quando aumentam o número de parlamentares, a injustiça chama. Quando o jornal anuncia a morte de pessoas inocentes que estavam em um carro confundido por policiais, a paz já partiu. Aqui jazem pessoas inconformadas com tanta barbaridade. O que a segurança pública fará com os tais policiais? Afastá-los de seus devidos cargos? Isso não é justiça. No tempo de meu avô, os oficiais da marinha combatiam os submarinos da Alemanha que invadiam a costa brasileira. Agora, encontram-se alguns deles estimulando a prática de soltar balões e, consequentemente, acabar com um vasto território vegetal da mata atlântica ou até ferir crianças jogando bola. Injustiça está na mão do menor quando é lhe designado um cargo na boca. Ao invés disso, ele tinha de brincar de bolinha de gude na praça ou então estudar para ser alguém melhor. O pior é que tem pessoas que sonham com oportunidades, com uma vida financeira instável... Porém tudo o que lhes dão são adjetivos generalizantes como "bandido" ou "favelado". Pessoa que nasce no morro já é rotulada no trabalho e por onde vai. A cor branca já não se vê mais, tudo o que predomina é a cor da pólvora. Já pensou que, se o homem não tivesse descoberto a pólvora, nenhum barulho desastroso escutaríamos? Quando Deus criou o mundo, a paz foi uma de suas obras primas. Mas a ação do homem fez com que não houvesse vestígio de onde ela possa estar. "O que estamos fazendo?" Essa pergunta vem em minha mente toda vez que acabam com as esperanças do povo brasileiro de um dia achar a paz. O que antes era justiça agora é nada. Nem a justiça sabe onde ela e a paz estão.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

O repouso eterno de mais um coração.


Esse monstro vulgo amor é complicado de se lidar.
Um dia a gente decide esquecer, no outro já estamos suspirando novamente... Enganamos a nós mesmos e permanecemos insatisfeitos naquele jogo de olhares. Naquele silêncio intimidador. Pior ainda é quando nos moldamos ao gosto de nossos amores e acabamos deixando de lado certas coisas, simples, mas que costumávamos gostar, só para agradá-los. Acho que, mais do que complicado, o amor é complexo. Quando se trata da vida alheia, qualquer ato amoroso fora do normal é condenado. Na verdade, invejado... Dariam tudo por um amor de verão como aquele.
A: Eu vou com você.

B: Seria egoísmo de minha parte pedi-la para abdicar de todos os seus amigos e familiares para partir com um sujeito que não tem nem onde cair morto.

A: Não me importa... De que adianta termos tudo se o que mais nos completa, o que nos faz viver, não está do nosso lado?

B: Não quero. Não quero vê-la sofrer encarando a realidade. É dura de mais... Teu pai te criou dentro de uma esfera onde tudo parece ser esplendoroso. A verdade é que nada, nada do que viu até agora, se iguala ao que acontece lá fora.

A: Não me deixe. Suplico-te.

B: Tarde de mais. Adeus.

A: Não!

B: Ao dormir, deite-se de lado... Minha alma decidiu ficar e precisa de um lugar para repousar. Com você. Para sempre.

CLÉC. Mais um coração partiu-se.